24 junho 2011

-> Alergias Alimentares

Tratamento Natural nas Alergias Alimentares

Quando falamos de alergias alimentares, geralmente o que vem primeiro à mente são aquelas reações mais clássicas como prurido e vermelhidão da pele, edemas pelo corpo etc. Esses são sinais clássicos do que chamamos de alergia imediata, mas queremos lembrar que além deste, existe um outro tipo de alergia muito mais comum, que corresponde a  cerca de 98% das alergias alimentares: são as alergias tardias, que recebem esse nome porque seus sinais se manifestam  entre 2 e 72 horas depois do contato com o alimento (1).
Diferente das alergias imediatas (que se manifestam imediatamente ou até 8 horas depois do contato com o alimento, com grande atuação das imunoglobulinas do tipo E), as tardias nem sempre têm diagnóstico fácil, exatamente pela dificuldade de se saber exatamente qual alimento a causou. Com prevalência das imunoglobulinas do tipo G, os seus sinais podem aparecer de diversas formas, seja por problemas respiratórios (rinite, bronquite, sinusite), otite, enxaqueca, insônia, hiperatividade, ansiedade, depressão, dermatites, micoses, obesidade etc (1).
Seja qual for o tipo de alergia diagnosticada, a primeira conduta do tratamento é a exclusão total do alimento alergênico por período que varia conforme a gravidade do caso (1,2). Há casos em que a exclusão total precisa ser permanente, principalmente quando o alimento coloca em risco a vida do paciente.
Confira os principais alimentos alergênicos e as sugestões de substitutos no tratamento (1, 2, 3, 4, 5, 6):
Alimento alergênico Sinais da alergia Sugestões para substituir
Leite e derivados (especificamente as proteínas caseína e lactoglobulinas) Problemas respiratórios (rinite, bronquite, sinusite, asma, etc) e outras doenças crônicas como diabetes e artrite reumatóide Couve, rúcula, mostarda, repolho, gergelim, brócolis, tofu (queijo de soja)
Trigo, aveia, cevada e centeio (alimentos com glúten) Hiperatividade, depressão, infecções, dores musculares (fibromialgia, por exemplo), doenças auto-imunes Arroz e derivados (como farinha de arroz), quinua, trigo sarraceno, milho e derivados, inhame, mandioca e derivados como a fécula
Ovos (proteínas ovalbumina, conalbumina) Insônia, sinusite, infecções Quinua, levedo de cerveja, cereais integrais (arroz integral, trigo sarraceno, milho)
Soja Urticária, infecções Feijão azuki, ervilha, grão de bico
Aditivos alimentares:
 - tartrazina (corante amarelo presente em gelatinas, balas e sucos artificiais) Asma, urticária Sucos naturais, gelatina de ágar-ágar (natural), doces naturais de frutas (sem aditivos químicos)
 - sulfitos (conservadores de frutas secas, vinhos e sucos artificiais). Ex: metabissulfito de sódio Asma, urticária Doces naturais de frutas (sem aditivos químicos), frutas in natura e liofilizadas (sem aditivos artificiais), suco concentrado de uva (de preferência, orgânico)
 - glutamato monossódico (realçador de sabor presente em temperos e molhos artificiais, macarrões instantâneos convencionais, salgadinhos tipo snacks etc) Enxaqueca, depressão Ervas naturais (para temperos), molhos caseiros, macarrões instantâneos integrais com temperos naturais (sem glutamato)
Outro ponto importante, que costuma causar confusão mesmo entre os profissionais é a diferença entre alergia e intolerância alimentar. A alergia é uma reação imunitária que acontece a partir do contato com as proteínas do alimento, já a intolerância refere-se a qualquer resposta anormal do organismo a um alimento ou aditivo, mas que não ativa o sistema imunitário (2). Um exemplo clássico dessa diferença é a alergia ao leite (citada na tabela acima) e a intolerância à lactose, que acontece no trato digestório, quando há falta da enzima lactase (que digere a lactose). Os sinais mais comuns da intolerância à lactose são diarréia, flatulência e sensação de estufamento abdominal.
Tanto o diagnóstico das alergias quanto das intolerâncias não costuma ser simples, até porque, principalmente no caso das alergias tardias, deve-se considerar outros fatores como predisposição genética, exposição ambiental, fatores emocionais etc. A tarefa do nutricionista clínico e do médico é fazer uma avaliação bem detalhada para trazer melhores resultados no tratamento.

Referências Bibliográficas:
1- CARREIRO, D.M. Terapia Nutricional na Alergia Alimentar. VP Consultoria, 2006.
2- PEREIRA, ACS e col. Alergia alimentar: sistema imunológico e principais alimentos envolvidos. Semina: Ciências Biológicas e da Saúde. 29(2): 189-200, 2008.
3- CORDAIN, L e col. Modulation of immune function by dietary lectins in rheumatoid arthritis. Br J Nutr. 83(3): 207-17, 2000.
4. VIRTANEN, SM e KNIP, M. Nutritional risk predictors of beta cell autoimmunity and type 1 diabetes at a young age. Am J Clin Nutr. 78(6): 1053-67.
5- THUNE, P e GRANHOLT, A. Provocation tests with antiphlogistica and food additives in recurrent urticaria. Dermatologica. 151(6):360-7, 1975.
6- BITTENCOURT, AL e col. Immunogenicity and allergenicity of 2S, 7S and 11S protein fractions. Rev Bras Cien Farm. 43(40: 597-606,2007.

19 junho 2011

Alimentação Integral - Saúde Holística: -> Doenças auto-imunes

Alimentação Integral - Saúde Holística: -> Doenças auto-imunes: "Os Caminhos para a Recuperação de Doenças Auto-Imunes por Vera Bassoi - verabassoi@gmail.com - Parte 1 Estou escreven..."

-> Constelações Familiares




Constelações Familiares



Em todo relacionamento existem nós, emaranhados profundos, de onde não se consegue puxar o fio, mesmo quando se deseja ardentemente. As tentativas são geralmente frustradas porque seguem os padrões do consciente. No entanto, toda pessoa é influenciada por padrões inconscientes, não apenas os próprios, mas os de todos os grupos aos quais se pertence, incluindo gerações e gerações passadas onde existem, ainda atuantes, pontos fundamentais para que sejam desatados os nós.

Bert Hellinger, psicanalista alemão contemporâneo, depois de intensa pesquisa, tem feito um trabalho terapêutico com grupos (de 20 a 40 pessoas, aproximadamente), usando a técnica da “constelação familiar” para revelar as relações inconscientes que nos influenciam, no aqui-agora, dentro do sistema familiar. Essa técnica tem esse nome porque as pessoas envolvidas, ao se postarem para o trabalho, formam com seus corpos, uma espécie de “constelação”.
A pessoa a ser terapeutizada, ou melhor, “constelada”, no dizer de Bert Hellinger, propõe uma dificuldade sua, para que sejam encontradas soluções. Em seguida escolhe, entre os participantes do grupo, representantes para si e para as demais pessoas envolvidas em seu emaranhamento. Então, ela as posiciona, umas em relação às outras, sem dizer nada, simplesmente colocando as mãos nos ombros de cada uma e conduzindo-a para o lugar que acha mais adequado na constelação. Os representantes permanecem concentrados sem nada dizer. Instruídos a não usar o racional, só prestam atenção aos efeitos que o lugar onde estão posicionados provoca e apenas comunicam esses efeitos, que podem ser dramáticos, quando o terapeuta os questiona a respeito. Tais efeitos refletem, de modo surpreendente, as emoções e as percepções, até de sintomas físicos, das pessoas representadas, as quais nem estão ali presentes, e sem que os representantes tenham sido informados.
Como isso acontece é bastante intrigante, no entanto, o próprio descobridor dessa maravilha diz que, assim como existe o “inconsciente coletivo” proposto por Jung, devemos aceitar que existe um “inconsciente familiar”, um “inconsciente grupal” com o qual estamos diretamente conectados, e nada mais.
É surpreendentemente simples! Não há nenhuma explicação, além dessa, que a razão humana possa alcançar. E nem precisa.
Interessante é assinalar que os representantes e os observadores, mesmo não tendo sido constelados, percebem, alguns dias depois de terem participado, que também desemaranharam alguns de seus nós pessoais. Relatam, ainda, que os efeitos benéficos da constelação alcançam até outras pessoas muito próximas, posto que algumas mudanças significativas ocorrem no comportamento delas também.
A abordagem de Bert Hellinger, ao explorar as dinâmicas mais profundas do inconsciente, faz as pessoas se conscientizarem de como forças, anteriormente despercebidas, afetam os relacionamentos. Por exemplo, relacionamentos amorosos frustrados que um dos cônjuges teve anteriormente, continuam afetando energeticamente qualquer relação presente ou futura, até que o vínculo existente seja resolvido, ou harmonizado, na constelação. Outro exemplo que ninguém poderia sequer imaginar, é a influência de pessoas que se excluíram ou foram excluídas da família, assim como alguém que saiu de casa para morar em outro lugar, ou em outro país, algum aborto espontâneo ou provocado, algum suicídio ou morte trágica, doenças graves, etc. Essa influência atua, mesmo que o fato tenha ocorrido em gerações passadas. É como se houvesse uma “memória celular”.
Assim sendo, uma constelação passa, tipicamente, por dois estágios. No primeiro, influências ocultas são reveladas, mesmo que a pessoa constelada nem tenha conhecimento delas. No segundo, comentários (apenas entre o terapeuta e a pessoa em questão) e esforços para se encontrar soluções são descobertos ou recuperados e, então, testados na constelação. E é importante salientar que a “solução” vem sempre da alma da pessoa constelada, nunca do terapeuta. Este é, somente, um facilitador.

A “Constelação Familiar” é apenas um entre os vários temas propostos para serem trabalhados. Existe constelação para problemas de comunicação, para dificuldades em sentir e em demonstrar emoções, dificuldades com o dinheiro, para as relações profissionais, educacionais, etc. Então, o conjunto de constelações, que abrange todos os setores da vida, denomina-se “Constelações Sistêmicas”.

Todo o trabalho desenvolvido por Bert Hellinger se baseia na fenomenologia dos “Sistemas Sociais e Psicológicos” do ser humano.

Sinteticamente, os tópicos mais importantes a serem trabalhados, em todos os tipos de constelações, são: 1) a hierarquia (ordem), de acordo com os papéis sociais e a posição que o indivíduo ocupa dentro do sistema em questão.
2) a natureza do vínculo existente entre as pessoas - todos têm o mesmo direito de pertencer ao sistema.
3) o equilíbrio entre o dar e o receber.
4) o restabelecimento dos laços afetivos através dos sentimentos de amor e de compaixão.

Você pode conhecer muito mais sobre o assunto,  visitando o site www.consteladoressistemicos.com e conhecendo a CBCS (Comunidade Brasileira dos Consteladores Sistêmicos). A CBCS está procurando agregar todos os profissionais que trabalham com constelações, sejam constelações familiares, empresariais, organizacionais, educacionais, estruturais, espirituais, etc.

No site dos consteladores você encontrará os endereços onde os consteladores atuam, em diversos estados do Brasil. 

Escrito por Vera Bassoi
Psicoterapeuta, Psicanalista Transpessoal e Pós-Graduada em Psicossomática.
Com formação em Constelações Sistêmicas e em ENEAGRAMA.
Criadora do curso-terapêutico "As Chaves para o Autoconhecimento", o qual já está
no seu décimo ano.

-> Doença Auto-Imune, o que é isso?


Doença auto-imune. O que é isso?



- Parte 1

por Vera Bassoi - verabassoi@gmail.com

Toda vez que ouvia a expressão “doença auto-imune”, eu me punha a pensar que aí deveria existir uma contradição. Na minha ignorante concepção da época, “ser auto-imune” significava que a pessoa que entrasse em contato com algum portador de determinada doença contagiante, seria capaz de sair ilesa. Isso seria devido a "n" possibilidades, dentre as quais algumas conhecidas (ex.: vacinas, cuidados preventivos...) e outras, aliás, a grande maioria, desconhecidas. E, se meu pensamento estivesse correto, então haveria de estar errada a idéia de “doença auto-imune”.

É claro e evidente que a seta indicava o erro para a minha direção. Descobri o significado correto quando fiz pós-graduação em Psicossomática e, sendo leiga em matéria de medicina, quero compartilhar com aqueles que, tão leigos quanto eu, queiram saber que o conceito de “doença auto-imune” não tem nada a ver com a idéia errônea que muita gente tem, e mais: é de importância vital sabermos o mal que poderemos estar causando a nós mesmos.
Poderemos evitá-la? Sim, porém, apenas se soubermos o porquê de a produzirmos, pois qualquer doença auto-imune é doença psicossomática.
Atenção para o corolário: - Nem toda doença psicossomática é auto-imune, mas toda doença auto-imune é psicossomática.

Hoje, o conceito de doença psicossomática já é bastante divulgado. Acredito que todos que estarão lendo este artigo saibam o significado, porém, para evitar de pecar pela falta de explicações, prefiro pecar pelo excesso.
“Psico” deriva de “psique” e quer dizer “mente”.
“Soma” quer dizer “corpo”.
Logo, doença psicossomática é o distúrbio que a mente causa no corpo físico.

Faço uma ressalva: na origem grega,“psique” tem o significado de “alma”. Porém, neste artigo, estarei me referindo apenas e tão somente à influência da mente sobre o corpo. Quero deixar para falar em “doença da alma” em outra ocasião, quem sabe, num dos próximos artigos.
Numa síntese fascinante de sabedoria antiga, taoísmo, medicina tradicional chinesa, medicina moderna, física quântica, pesquisa científica e experiências pessoais, é que atualmente se baseiam alguns médicos/escritores, tais como: Deepak Chopra, Paul Pearsall, Richard Gerber, Larry Dossey, Rüdiger Dahlke, Thorwald Dethlefsen, Bernie Siegel, James S. Gordon e outros, proporcionando a nós, leigos, numa linguagem acessível à nossa compreensão, uma visão clara da responsabilidade pessoal, que cada um tem, pela saúde ou pela doença que se é acometido.
Dizem eles que, se atentarmos para o trabalho que os órgãos realizam e que não dependem da nossa vontade, verificamos que existe uma sintonia perfeita, uma ordem natural e espantosa, que não se justifica por um imperativo bioquímico armazenado, no interior das células, como um sistema de conversão de energia impelido apenas geneticamente. Há de ter mais que isso. Há uma certa “inteligência”, uma “memória celular” que permite a realização perfeita da função específica que cada tipo de célula realiza.

• O corpo tem uma sabedoria própria.

Os corpos de todo mundo sabem, por exemplo, como curar um corte na pele. Se você está descascando batatas e corta o dedo, o corte se cura e, evidentemente, você não fica deslumbrado com isso, porque o processo de cicatrização - a coagulação do sangue para fechar o corte, a formação de uma crosta e a regeneração da nova pele e dos vasos sangüíneos - parece uma coisa absolutamente normal. Quando uma célula de sangue chega à borda de um corte e começa a formar um coágulo, não viajou até ali ao acaso. Sabe realmente aonde quer ir e o que fazer quando chegar, com a mesma certeza de um especialista, aliás, com mais até, já que age de forma completamente espontânea e não procura adivinhar. Mesmo que se reparta o conhecimento de uma célula em partículas cada vez menores, à procura do segredo de algum hormônio ou de uma enzima que sirva de mensageiro, não encontraremos um fio de proteína com o rótulo “inteligência”, mas não há dúvida de que ela está atuando.
Parte dessa inteligência dedica-se à cura e aparentemente é uma energia muito poderosa. Lembremos da regeneração do tecido ósseo em casos, tão comuns, como os de fratura de perna ou de braço, por exemplo.
“Todo médico compreende que é a natureza quem cura as doenças”, escreveu Hipócrates, pai da medicina, há mais de dois mil anos (por volta de 400AC).

• O corpo também é capaz de produzir, ao mesmo tempo, centenas de diferentes substâncias químicas, orquestrando-as em relação ao conjunto.

O corpo vivo é a melhor farmácia inventada até hoje. Ele produz diuréticos, analgésicos, tranqüilizantes, soníferos, antibióticos e tudo o mais que é fabricado pelas indústrias de drogas, mas sua produção é muito superior. A dosagem é sempre certa e ministrada no horário adequado; os efeitos colaterais são mínimos ou inexistentes; as indicações para o uso estão incluídas na própria droga, como parte de sua inteligência.
Dr. Deepak Chopra encara essa inteligência corporal simplesmente como know-how.
O que quer que se pense sobre inteligência em termos abstratos, não há dúvida de que ao corpo deve ser creditada uma enorme base de conhecimento. Por exemplo, se uma pessoa ouvir uma forte explosão vinda da rua e se sobressaltar em sua poltrona, numa reação instantânea, esse efeito ocorre diante de um complexo evento interno. O gatilho para esse evento é o jorro de adrenalina liberado pelas glândulas supra-renais. Levada pela corrente sangüínea, essa adrenalina comunica as reações ao coração, que começa a bombear o sangue, mais rapidamente, às veias, que se contraem e forçam a elevação da pressão arterial; ao fígado, que põe mais combustível na fórmula de glicose; ao pâncreas, que segrega tanta insulina que mais glicose é metabolizada; e ao estômago e intestinos, que cessam imediatamente de digerir os alimentos para que a energia seja desviada para os membros superiores e inferiores a fim de preparar o corpo para a luta ou para a fuga.

Toda essa atividade que se desenvolve num ritmo violento e com efeitos poderosos em todo o organismo é coordenada pelo cérebro, que usa a pituitária para distribuir os sinais hormonais acima descritos. Além disso, outras sinalizações químicas percorrem os neurônios, fazendo com que a vista focalize melhor, os ouvidos fiquem mais aguçados, os músculos das costas se retesem e a cabeça se volte em sinal de alerta.
Para fazer com que todas essas reações se desencadeiem e cessem novamente, ocorre um mecanismo de ajuste, semelhante ao da chave na fechadura, onde o organismo sabe como reverter cada processo desses com a mesma perfeição com que o iniciou.

O médico canadense Hans Selye disse que esses períodos de “alarme” e “resistência” representam uma resposta criativa, uma mobilização do corpo para lidar com o estresse. Porém, se a tensão é prolongada, sobrevirá uma fase de “esgotamento”, na qual as defesas restantes do corpo são chamadas a intervir. Se o estresse não diminuir, o corpo fica interpretando que deve estar sempre pronto para fugir ou lutar e, conseqüentemente, suas reservas de energia irão se acabando. Porta aberta para a doença.

 

- Parte 2

Como eu estava dizendo anteriormente, numa situação contínua de estresse, a reação natural do corpo fica abalada e a pessoa começa a perder energia.

“A inteligência interior do corpo é tão poderosa que, quando se desvia, o médico tem pela frente uma antagonista temível. Por exemplo, cada célula do corpo é programada por seu DNA para se dividir até determinado ponto, quando a célula-mãe se reparte em duas. Como todo o resto regulado por nossa inteligência interior, esse processo não é puramente mecânico. A célula se divide em resposta à própria necessidade interna, aliada aos sinais gerados pelas células vizinhas e por órgãos distantes que “falam” com ela por meio de mensagens químicas. A divisão da célula é cuidadosamente calculada - e uma decisão bem pensada, a não ser no caso do câncer.
O câncer é o comportamento selvagem e anti-social de uma única célula, que se reproduz sem seguir o padrão, sem sinais de nenhum lado, a não ser, aparentemente, de seu próprio DNA enlouquecido”(Dr. Deepak Chopra).

• O que faria o DNA enlouquecer?

Aparentemente a resposta é simples, quando fazemos a relação mente/corpo: - seria a constante exposição do indivíduo às situações estressantes, tais como: perda de um ente querido, qualquer tipo de perseguição, perda de emprego, rompimento de relações amorosas, acidentes, etc.
É costume recorrer ao uso de uma metáfora para que leigos possam compreender a função do sistema imunológico: - O sistema imunológico é o Quartel General (QG) onde todos os soldados (leucócitos ou glóbulos brancos do sangue) estão sempre em alerta para defender o organismo contra qualquer invasor (bactérias, vírus). Ao mínimo sinal de alarme, o batalhão, mais próximo do lugar afetado, se desloca em direção ao intruso, cercando-o e expulsando-o para fora do corpo. Terminada a operação, o corpo como um todo sente-se livre do inimigo e os soldadinhos voltam para o QG.
Porém, em se tratando de uma mente estressada, o corpo recebe a mensagem de constante perigo, como já vimos anteriormente. O QG fica emitindo sinal de alerta e o exército é mobilizado para sair correndo à cata do inimigo. Mas, onde está o inimigo? Por que o alarme não pára? Ainda não foi encontrado?
Lembrando que os soldadinhos têm a sua própria inteligência, o “pensamento” deles será:- “Ah, já sei. O inimigo está disfarçado!”
Imediatamente, não tendo como reconhecer aquele que é amigo daquele que não é, os soldados cumprem fielmente a função – defender o corpo – e vão matando, comendo ou expulsando todos os que encontram pela frente. Deu loucura em todo mundo !!! E o pior é que, nesse caso, não há nenhum intruso. Foi alarme falso!
É isso... o próprio organismo se auto-destruindo.
Fica claro, então, que o desequilíbrio mental e emocional provoca um desarranjo no sistema imunológico que, afetado, não consegue mais identificar, no organismo, as células defensoras que lhe são próprias, daquilo que é considerado como “invasor”. O sistema imunológico passa a atacar o próprio organismo, se auto-destruindo – daí as chamadas “doenças auto-imunes”.
As doenças auto-imunes mais comuns hoje são: câncer, artrite reumatóide, espondilite anquilosante, esclerose múltipla, lúpus e algumas outras.

Descobriu-se que as áreas do cérebro mediadoras de nossas emoções - as amígdalas e o hipotálamo, também conhecido como “cérebro do cérebro” - são especialmente ricas em todas as substâncias do grupo neurotransmissor. Isso significa, portanto, que onde os processos de pensamento são abundantes (o que quer dizer que muitos neurônios estão fortemente agrupados), também estão as substâncias químicas associadas ao pensamento. Quando a ciência pensou que podia isolar as substâncias químicas cerebrais e categorizar suas posições, inesperadamente, o corpo mostrou o quanto é complicado. Pesquisadores do National Institute of Mental Health descobriram receptores igualmente abundantes em outros pontos fora do cérebro. Desde o início da década de 80, foram descobertos receptores para neurotransmissores e neuropeptídios nas células do sistema imunológico chamadas monócitos.
Dotado de um vocabulário cuja complexidade espelha o do sistema nervoso, o sistema imunológico evidentemente manda e recebe mensagens com a mesma variedade. Se o fato de estarmos felizes, tristes, pensativos, animados, etc., obriga nossas células cerebrais a produzirem neuropeptídios e neurotransmissores, as células imunológicas também devem ser felizes, tristes, pensativas e animadas - devem, enfim, ser capazes de expressar toda a gama de “palavras” (carregadas de emoções) que os neurônios empregam.

Portanto, o fator desencadeador do processo que leva o indivíduo à doença não é o estresse propriamente dito, mas a maneira como ele vai lidar com o que a situação de estresse mobiliza dentro dele. Vários indivíduos submetidos ao mesmo estímulo estressante terão respostas diferentes de acordo com o tipo de personalidade, seu histórico de vida ou experiências anteriores, as relações interpessoais, realização profissional, sua auto-estima, seu sistema de crenças, enfim, a maneira de encarar a vida e se colocar nela.

Partindo deste princípio, os indivíduos afetados significativamente pelo estresse poderão reagir negativa ou positivamente.
A reação negativa ao estresse é aquela que o indivíduo se sente de tal forma abalado que entra em desequilíbrio emocional, se desespera, se angustia, se coloca como vítima da vida e se deprime. Caso haja o fator genético predispondo o indivíduo a desenvolver determinada doença, com o sistema imunológico em desequilíbrio, o prato está feito. A doença se instala. E o pior que pode acontecer é a pessoa perder a vontade de lutar.
A reação positiva é aquela que o indivíduo percebe sinais significativos para a realização de mudanças interiores, entende esses sinais e aceita que, naquele momento, está aprendendo com a experiência aparentemente negativa. Melhor dizendo, experiências dramáticas levam à transformação pessoal de maneira positiva, pois, nos ensinam lições.

• Na busca do re-equilíbrio está o escape à doença.

O primeiro passo para a cura será tomar consciência do que pode estar nos afetando. A maioria de nós não sente a necessidade de estar atento às coisas que nos afetam, quando tudo está indo bem. A vida torna-se uma espécie de piloto automático que vai nos levando, até que... a doença ou a infelicidade sobrevém e nos sentimos esmagados, mergulhados em um mar indiferenciado de acontecimentos e emoções.
Há que se deixar de lado o orgulho e a vaidade e reconhecer que somos frágeis e precisamos de ajuda.
Precisamos de médicos, mas, com certeza, precisamos de alguém que nos mostre o caminho de volta para a nossa essência – o caminho do Autoconhecimento. Cuidar de si mesmo é o primeiro de todos os cuidados. Só nós mesmos seremos os nossos ve
rdadeiros curadores.


Atenção: Leia, a seguir,"Os Caminhos para a Recuperação de Doenças Auto-Imunes", neste mesmo site.

Vera Bassoi
Psicoterapeuta, Psicanalista Transpessoal e Pós-Graduada em Psicossomática.
Especialista em "Constelações Sistêmicas" e em "Eneagrama".
Em 1996 criou o curso-terapêutico "As Chaves para o Autoconhecimento".
Em 2005 criou a "Oficina para a Paz Interior".

17 junho 2011

-> Doenças auto-imunes



Os Caminhos para a Recuperação de Doenças Auto-Imunes

por Vera Bassoi - verabassoi@gmail.com

 

- Parte 1 

Estou escrevendo este artigo atendendo aos vários apelos vindos daqueles que leram os dois artigos anteriores, cujo título é “Doença Auto-Imune. O que é isso?” (Parte 1 e Parte 2). Recebi inúmeros pedidos de socorro e, portanto, sinto-me na obrigação de contribuir mostrando a luz no fundo do túnel.

Aos leitores que ainda não tiveram a oportunidade de ler os artigos citados, sugiro que, antes, tomem conhecimento daqueles para que possam assimilar melhor o conteúdo deste. Então, vamos lá...

Os mesmos caminhos usados pelos sentimentos (emoções) para se expressarem, e que podem conduzir ao aparecimento de doenças auto-imunes, podem e devem também ser usados para restabelecer a saúde. No quadro abaixo, vemos como a mente e o corpo podem interagir para criar saúde. Temos uma explicação que começa no domínio psicológico:



1. A Intervenção ou Ajuda Psicológica
O primeiro passo para a cura será tomar consciência do que pode estar nos afetando. A maioria de nós não sente a necessidade de estar atento às coisas que nos afetam, quando tudo está indo bem. A vida torna-se uma espécie de piloto automático que vai nos levando, até que...a doença ou a infelicidade sobrevém e nos sentimos esmagados, mergulhados em um mar indiferenciado de acontecimentos e emoções.

Há que se deixar de lado o orgulho e a vaidade e reconhecer que somos frágeis e precisamos de ajuda. Precisamos de médicos sim, mas, com certeza, precisamos de alguém que nos mostre o caminho de volta para a nossa essência – o caminho do Autoconhecimento. Cuidar de si mesmo é o primeiro de todos os cuidados. Só nós mesmos seremos os nossos verdadeiros curadores, porém dificilmente conseguiremos fazer essa caminhada sozinhos. Necessitamos da intervenção ou ajuda de um profissional na área.
O papel do psicoterapeuta, em direção à recuperação da saúde, é ajudar os doentes a fortalecer as suas convicções de que o tratamento é eficiente e que as defesas do seu corpo são poderosíssimas. Em seguida, deverá colaborar para que o doente aprenda a lidar, de maneira mais eficiente, com o estresse na vida cotidiana, sem se deixar contaminar pelo negativismo. E para que as pessoas passem a acreditar que podem resolver os problemas que surjam, para que acreditem que podem lidar com eles de forma tal que não se deixem dominar ou se sentir vencidos, é muito importante que haja uma mudança, seja na percepção que elas têm de si mesmas, seja na percepção dos próprios problemas que têm que ser vistos sob outra ótica.

2. Esperança e Vontade de Viver
O resultado das crenças dos pacientes em relação às suas possibilidades de recuperação, adicionado a uma "redecisão" quanto aos problemas que enfrentam, é uma abordagem de vida que inclui a Esperança e a Vontade de Viver. A Esperança provém da Fé. Refiro-me à Fé no sentido amplo, ou seja, a certeza de que há uma “Força Maior” que nos guia e não nos abandona jamais, pois a nossa essência, a nossa alma, é parte Dela e Ela está em nós. Todos somos seres divinos, somos fagulhas ou centelhas do mesmo “Fogo Sagrado” ou da mesma “Luz Criadora”.
Quero dizer também que é preciso ter Fé em si próprio, acreditar que se é capaz de realizar as transformações necessárias nas suas emoções, na sua mente e no seu espírito. É preciso deixar de se sentir vítima e tomar as rédeas de sua própria vida, melhorando, dessa forma, a sua auto-estima. É necessário, também, readquirir a Fé na humanidade, desenvolvendo a compaixão e o Amor Incondicional, pois aquele que fica fechado em si mesmo perde a visão do Todo. É imprescindível voltar a sentir Vontade de Viver. O re-equilíbrio vem de dentro para fora, ou seja, da alma para a mente, da mente para as emoções, das emoções para o físico. Só assim se alcança a saúde no corpo.

3. Sistema Límbico
Os sentimentos alterados de Esperança e de Vontade de Viver ficam registrados no sistema límbico, da mesma maneira como antes estavam os antigos sentimentos de desesperança e de desespero. Haverá uma mudança significativa nessa parte do cérebro.

4. Atividade Hipotalâmica
Uma vez que esses novos sentimentos estejam registrados no sistema límbico, as mensagens são enviadas ao hipotálamo, refletindo o sistema emocional alterado - um novo estado que inclui uma Vontade maior de Viver. O hipotálamo envia à glândula pituitária as mensagens que refletem esse novo estado emocional.

5. Sistema Imunológico
O hipotálamo, por sua vez, inverte a supressão do sistema imunológico, para que as defesas do corpo sejam, mais uma vez, mobilizadas contra as células anormais (enlouquecidas pelo estresse e por emoções negativas).

6. Atividade da Pituitária
A glândula pituitária, ao receber as mensagens do hipotálamo, as envia para o resto do sistema endócrino.

7. Sistema Endócrino
Trata de restabelecer o equilíbrio hormonal.

8. Redução das Células Anormais
Com o equilíbrio hormonal restabelecido, o corpo pára de produzir grandes quantidades de células anormais, deixando um número menor para que o tratamento, ou as defesas recuperadas do corpo, se encarregue delas.

9. Regressão dos Sintomas
O funcionamento normal do sistema imunológico e a diminuição da produção das células anormais criam condições propícias para que a doença regrida. As células anormais que restam podem ser destruídas pelo tratamento ou pelas defesas naturais do corpo.
Pela minha experiência, as pessoas que participaram de sua própria recuperação adquiriram forças de que não dispunham antes da doença. A partir do processo de ter que enfrentar uma doença terrível, fazer face a problemas existenciais importantes e aprender mais sobre o seu poder de recuperar a própria saúde, as pessoas recuperam não somente a saúde, mas também um senso de força e controle das suas vidas, que nunca perceberam antes de ser diagnosticada a doença.

- Parte 2

Bernie S. Siegel, em Amor, Medicina e Milagres, trata da sobrevivência a moléstias graves propondo dois grandes recursos para alterar o estado físico: emoções e imaginação. Representam as duas formas de fazer a mente e o corpo entrarem em comunicação mútua. As emoções e as palavras dão a saber ao corpo aquilo que dele esperamos e, imaginando certas mudanças, contribuímos para que o organismo as produza. O que está em nossa mente está, literal ou "anatomicamente", em nosso corpo. A ligação é feita pelas moléculas de peptídeos, fabricadas pelo cérebro, e pelo sistema imunológico.
Portanto, temos condições de mudar nossos processos corporais mudando nosso estado de espírito. Quando experienciamos estados alterados de consciência conquistados através de meditação, hipnose, visualização criativa, psicoterapia, psicanálise transpessoal ou regressão de memória, por exemplo, abrimo-nos para a possibilidade de transformação e cura.
Muitos estudos mostram que o relaxamento e técnicas afins podem ser úteis no combate aos efeitos negativos do estresse prolongado sobre os componentes do sistema imunológico.
Um sistema imunológico desregulado pode afetar tudo, desde sua suscetibilidade a resfriados até sua função natural de eliminar células cancerosas ou vírus da AIDS, e também pode ser um fator da asma, das alergias, do diabetes, da esclerose múltipla, da artrite reumatóide, do lupus e de outros distúrbios imunológicos onde o corpo ataca a si mesmo.

E, com as palavras abaixo, o Dr. Bernie S. Siegel justifica muito bem o título que deu ao livro, pois para ele o verdadeiro amor realiza milagres:-

“Se eu conseguir ensinar uma pessoa a ficar de bem com a vida, a sentir amor por si mesma e pelos outros, a alcançar a paz de espírito, é possível que se verifiquem as necessárias mudanças. Meu carinho e meus abraços talvez pareçam uma tolice, na enfermaria, mas eles têm base científica. O problema reside em que nós ainda não conhecemos as técnicas necessárias para desencadear, com rapidez e eficiência, o processo de cura em todos os doentes. Por isso, muitas mudanças se dão no nível do inconsciente, e é difícil avaliá-las clinicamente, sem cuidadosos testes psicológicos. Espero pelo momento em que possamos receitar algo como um abraço de três em três horas, em vez de um remédio ou de um impulso elétrico”. (Amor, Medicina e Milagres-pg.93).

Finalizando, a orientação que devo dar a todos que possuem uma doença auto-imune é:
1) ter um acompanhamento médico;
2) fazer psicoterapia para descobrir a causa inconsciente (e sempre tem, pode ter certeza);
3) ter esperança e vontade de viver;
4) manter a fé em si mesmo, nos outros e, sobretudo, no Ser Supremo (nunca mais se sentirá só);
5) buscar a complementação da ajuda em algum setor da terapia holística, assim como: - a prática de relaxamento, meditação, yoga, tai-chi-chuan, chi-kung, massagens relaxantes, aromaterapia, cromoterapia, reiki, acupuntura, shyatsu, cinesiologia, auriculoterapia, etc;
6) se for possível encontrar algum especialista em “constelação familiar”, procure urgente. É uma nova abordagem da Psicoterapia Sistêmica, criada por Bert Hellinger, que está proporcionando a realização de verdadeiros “milagres” na libertação dos emaranhados nós que residem no inconsciente. Já estou utilizando essa técnica com os meus clientes e, simplesmente, estou maravilhada. Se quiser saber sobre o assunto, leia o artigo "Constelações Familiares" de minha própria autoria, o qual se encontra neste mesmo site.

12 junho 2011

Alimentação Integral - Saúde Holística: -> Desintoxicação é a escolha pelo caminho do meio...

Alimentação Integral - Saúde Holística: -> Desintoxicação é a opção pelo caminho do meio, Satwa...: "As 3 Qualidades da Ação do Bhagavad Gita Bem, primeiro vem a emoção. Milésimos de segundo depois vem a forma-pensamento. O passo seguinte..."

-> Desintoxicação é a opção pelo caminho do meio, Satwa

As 3 Qualidades da Ação do Bhagavad Gita 

Bem, primeiro vem a emoção. Milésimos de segundo depois vem a forma-pensamento. O passo seguinte é transformá-la, conscientemente ou não, em ação, atos, atitudes. As formas (padrões) de pensamento são inúmeras; porém, mestres iluminados criaram, há muitos séculos, um modelo para compreender o comportamento humano. Assim, surgiu a teoria das três qualidades da ação (ou três qualidades da matéria) do Bhagavad Gita.
Um livro que revela a essência do conhecimento Védico da Índia e um dos maiores clássicos de filosofia e espiritualidade do mundo. 
Elas funcionam como verdadeiras engrenagens, pois, uma vez lubrificadas e iniciado o movimento, mais difícil será pará-las. Para realizar o salto quântico da transformação pessoal e da autocura, é ESSENCIAL que cada um opte (no caso pais e responsáveis por suas vidas e suas crianças, também pelo planeta que deixarão), corajosamente, pelo abandono das engrenagens que acionam as atitudes não construtivas (polarizadas), e por aprender, lenta e gradualmente (algumas o mais rápido possível), a lubrificar somente aquelas engrenagens que ativam as atitudes construtivas (neutras ou de sabedoria).
Na origem, a palavra SABOR compartilha a mesma base da palavra SABER!
E, saber usar a alimentação e seus SABORES será fundamental, não só para nos ajudar a entender e identificar como são desencadeadas as nossas atitudes, como também para transformar e curar as atitudes polarizadas, ou seja, sem poder pensante ou sabedoria.
Ação Tama ou Tamásica:
Qualidade da ação -> Destrutiva (não quer pensar, escutar, enxergar, perceber)
Polaridade -> Negativa
Diálogo interno -> com o Ego
Percepções -> Bloqueadas
Início -> Vítima
Colheita -> Fracasso, Decadência, Solidão
Qualidade Energética -> Densa e descendente. Doenças
Ação Raja ou Rajásica:
Qualidade da ação -> Passional (age sem sentir ou pensar)
Polaridade -> Positiva
Diálogo interno -> com o Ego
Percepções -> Bloqueadas
Início -> Prazer impensado
Colheita -> Decepção, Frustração, “já vi esse filme”
Qualidade Energética -> Altos e Baixos sem paz. Ansiedade e sensação de Estagnação. Depressão
Ação Satwa ou Sátvica:
Qualidade da ação -> Sabedoria
Polaridade -> NEUTRO
Diálogo interno -> com a ALMA. Uso do Poder Pensante
Percepções -> Todos os sentidos + os sinais como sexto sentido, inspiração, sorte e amparo
Início -> Prazer, Realização, e Serenidade
Final -> Expansão, Superação, Vitória, Gratidão, Amparo e Evolução
Qualidade Energética -> Sutil. Ascendente com sinais evidentes de Maturidade e Crescimento
Nós, seres humanos, temos, a todo o momento, a opção de agir sob uma dessas três qualidades. Cada atitude, por ser de livre arbítrio, gera um resultado que determina uma consequência, um futuro.
Todos nós fazemos essas opções a cada momento de nossa vida, seja alimentando-nos (comprando, preparando...), com nossos filhos, nossos pais, nossos amigos, no trabalho, praticando esporte, comprando livros, dirigindo, fazendo sexo, etc. Existe, porém, uma qualidade de ação que predomina em nós, em determinados aspectos da vida (social, saúde, trabalho, finanças ou família).
O mais importante é que, após acessar essa sabedoria milenar, seja feita uma jornada interior silenciosa para avaliar como anda a qualidade de suas atitudes, no caso, com todas as etapas da sua alimentação, das suas decisões de vida, principalmente quando direcionada para nutrir as crianças da sua vida.
Este texto faz parte da Palestra Vivencial: Os 6 Sabores & As qualidades das atitudes humanas.
Conceição Trucom é química, cientista, palestrante e escritora sobre temas voltados para a alimentação natural, bem-estar e qualidade de vida.

10 junho 2011

Alimentação Integral - Saúde Holística: -> Açúcar, Farinha de Trigo e Cocaína, as semelha...

Alimentação Integral - Saúde Holística: -> Açúcar, Farinha de Trigo e Cocaína, as semelha...: "Farinha de trigo, Açúcar e Cocaína Se um dia alguém resolver erigir um monumento em praça pública às boas intenções frustradas do pensam..."

Alimentação Integral - Saúde Holística: -> Exercícios simples para o coração

Alimentação Integral - Saúde Holística: -> Exercícios simples para o coração: "Dicas para uma boa circulação sanguínea Professor Clodoaldo Pacheco - Naturopata Muito interessante e simples, para quem não gosta ou n..."

Alimentação Integral - Saúde Holística: -> Obesidade e a ajuda dos Florais de Bach

Alimentação Integral - Saúde Holística: -> Obesidade e a ajuda dos Florais de Bach: "Emagrecimento e os Florais Obesidade - impossível conviver com ela...difícil se livrar dela! Algumas considerações sobre obesidade..."

Alimentação Integral - Saúde Holística: -> Diabetes, cura em 21 dias

Alimentação Integral - Saúde Holística: -> Diabetes, cura em 21 dias: "Especialista Americano Promete a Cura do Diabetes em Apenas 21 dias Livro assinado pelo médico Gabriel Cousens chega ao Brasil com a prom..."

-> Obesidade e a ajuda dos Florais de Bach

Emagrecimento e os Florais



Obesidade - impossível conviver com ela...difícil se livrar dela!

Algumas considerações sobre obesidade:
“As pessoas obesas têm dificuldade para expressar aquilo que sentem. Mostram-se afetuosas com os outros, mas em seu íntimo repousa uma grande carência, que se intensifica por não saberem lidar direito com os próprios sentimentos”. ( Valcapelli & Gasparetto, em "Metafísica da Saúde").

Cristina Cairo diz, em seu livro “Linguagem do Corpo”, “a gordura é o casulo que a pessoa cria, inconscientemente, para se proteger e se esconder dos problemas externos”. Para ela, o obeso permite-se magoar com facilidade, “engolindo” mágoas, por ter expectativas, a maioria das vezes irreais, em relação às outras pessoas.

Há uma extensa produção de matérias sobre o tema e todas acabam concordando que não basta fazer dieta. Obesidade não é apenas uma questão de comer ou não comer. É uma perigosa doença crônica. O mais preconizado para tratá-la é dieta combinada com atividade física. Controle do que ingerimos e do que gastamos. Temos aí uma questão puramente matemática, que demonstra apenas um aspecto do problema. Mas está provado que aspectos sociais, culturais e psicológicos colaboram, e muito, para o surgimento da obesidade ou o fracasso no tratamento. A maneira como vivenciamos nossas emoções é a resposta para o sucesso ou o fracasso de qualquer projeto, inclusive de emagrecimento. É fato que a genética não pode ser modificada. Uma pessoa pode “herdar” a obesidade mas não precisa conviver com ela durante toda sua vida. O tratamento não se restringe ao binômio dieta/atividade física. Há que se considerar todo o conjunto de fatores e modificar a estrutura emocional que leva uma pessoa a ficar e permanecer obesa. Por isso, uma abordagem holística (tratar o todo e não apenas parte dele) é a mais indicada.
A força sutil dos florais
“A doença é o resultado do conflito entre a alma e a mente, e ela jamais será erradicada, exceto por meio de esforços mentais e espirituais". Edward Bach.

 
No sistema Florais de Bach temos várias essências que podem auxiliar quando decidimos emagrecer. O floral atua no nosso campo energético possibilitando a transmutação das emoções negativas em virtudes necessárias para efetivarmos mudanças. Se a dificuldade em iniciar um processo de emagrecimento está ligada à Indecisão, temos 4 essências. CERATO: para pessoas que não conseguem iniciar um tratamento por falta de confiança em si mesmas. GENTIAN: para as que se desanimam facilmente. GORSE: quando se perde a esperança e a fé, não acreditando que o tratamento possa dar resultado positivo. WILD OAT: quando há determinação mas não se consegue achar o caminho. Outra dificuldade que se apresenta muito freqüentemente é a Falta de Interesse. Para combater as diversas maneiras com que o desinteresse se manifesta, contamos com 5 essências. CLEMATIS: para acabar com a indiferença, o “dar de ombros” para a situação. WILD ROSE: para aquelas pessoas que “entregam os pontos” e se conformam, achando que não vale à pena lutar. OLIVE: alivia o cansaço, físico e mental, que impede o reconhecimento das conquistas. MUSTARD: para os desanimados, aqueles que não se entusiasmam com coisa alguma. CHESTNUT BUD: essa essência é uma das mais importantes porque ajuda a evitar a repetição dos erros, que é o que mais acontece quando tentamos emagrecer. Pessoas que se deixam levar por Opiniões e Influências podem contar com 3 essências. AGRIMONY: para quem vive “torturado” pelos problemas que enfrenta mas não assume, mostrando uma despreocupação que não existe. CENTAURY: para quem se preocupa demasiadamente em agradar, chegando ao extremo de não cuidar de si mesma. WALNUT: essência indicada para proporcionar constância e proteção e aumentar a auto-estima. Temos ainda 4 essências ligadas ao Desalento. LARCH: para aquelas pessoas que esperam pelo fracasso em tudo que se propõem. PINE: é o floral que alivia a culpa pelos deslizes. ELM: para a depressão que ocorre quando a tarefa se torna demasiadamente pesada. CRAB APLLE: é considerado o floral da limpeza da mente e do corpo, ajudando a diminuir a ansiedade em se livrar de um problema. A indicação de um floral para emagrecer (ou uma fórmula com várias essências), deve ser precedida por uma boa anamnese, conduzida por um profissional que conheça bem o Sistema Floral. É importante ressaltar que floral não emagrece. Atua como coadjuvante num processo que envolve outras medidas necessárias. Reeducação alimentar, um bom programa de atividades físicas, terapia e o mais difícil porém mais importante, a superação dos obstáculos pela força de vontade, são os caminhos que podem derrotar a obesidade definitivamente.
Sonia Rocha – Terapeuta Floral

09 junho 2011

-> Exercícios simples para o coração

Dicas para uma boa circulação sanguínea
Professor Clodoaldo Pacheco - Naturopata
Muito interessante e simples, para quem não gosta ou não tem tempo de fazer exercícios físicos diariamente

- Antes do banho, exercitar a panturrilha (levantar o corpo na ponta dos pés), primeiro rápido até esquentar as panturrilhas e depois uma seqüência de 10 movimentos lentos.
Pronto. Esse exercício bombeia o sangue para o coração, melhora os batimentos cardíacos e evita obstrução das veias. Nos primeiros 6 meses, se a pessoa estiver com excesso de peso, ela emagrece da cintura para baixo e, nos 6 meses seguintes, da cintura para cima; depois de 2 anos, não engorda mais e, além de tudo, diminui o risco de uma cirurgia cardíaca.
Melhora o problema de micro varizes

- Ao chegar em casa, coloque os seus pés em uma bacia com água bem quente (o famoso escalda pés - além de relaxar, esse processo desencadeia a dilatação dos vasos sanguíneos dos pés, melhora o cabelo e melhora, inclusive, a visão.
Esse processo foi pesquisado com pessoas diabéticas e o resultado evidenciou a melhora na circulação sanguínea, diminuindo os casos de gangrena, o quadro geral de saúde dos pesquisados melhorou, e como um fato relevante, a melhora da visão. Evita o encurvamento da coluna

- Ao acordar, deitado de barriga para cima pedalar 120 vezes no ar.
Esse exercício melhora o posicionamento da coluna e da postura, diminuindo ou retardando o encurvamento das costa e aliviando as dores nas costas. 

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Obs.:  Poderá se beneficiar ainda mais se incluir a estes exercícios uma alimentação mais crua e viva, começando o dia com um suco desintoxicante e outro à tarde. 


08 junho 2011

-> Açúcar, Farinha de Trigo e Cocaína, as semelhanças

Farinha de trigo, Açúcar e Cocaína

Se um dia alguém resolver erigir um monumento em praça pública às boas intenções frustradas do pensamento científico, podia ser uma estátua monumental de um prato cheio de pó branco. Assim homenagearíamos de uma só vez três enganos cientificistas: a farinha de trigo refinada, o açúcar branco e a cocaína. Três pós acéticos e quase idênticos, três frutos do pensamento que dominou o último século e meio: o reducionismo científico. Três matadores de gente.
Não é por acaso que os três são tão parecidos. Todos eles são o resultado de um processo de “refino” de uma planta – trigo, cana e coca. Refino! Soa quase como ironia usar essa palavra chique para definir um processo que, em termos mais precisos, deveria chamar-se “linchamento vegetal” ou algo assim. Basicamente se submete a planta a todos os tipos de maus-tratos imagináveis: esmagamento entre dois cilindros de aço, fogo, cortes de navalha, ataques com ácido. Até que tenha-se destruído ou separado toda a planta menos a sua “essência”.
No caso do trigo e da cana, o carboidrato puro, pura energia. No caso da coca, algo bem diferente, mas que parece igual. Não a energia que move as coisas do carboidrato, mas a sensação de energia ilimitada, injetada diretamente nas células do cérebro.
Começou-se a refinar trigo, cana e coca mais ou menos na mesma época, na segunda metade do século 19, com mais intensidade por volta de 1870. No livro (que recomendo muitíssimo) “Em Defesa da Comida”, o jornalista Michael Pollan conta como a tal “cultura ocidental” adorou a novidade. Os cientistas ficaram em êxtase, porque acreditavam que o modo de compreender o universo é dividi-lo em pequenos pedacinhos e estudar um pedacinho de cada vez (esse é o tal reducionismo científico). Nada melhor para eles, então, do que estudar apenas o que importa nas plantas, e não aquele lixo inútil – fibras, minerais, vitaminas e outras sujeiras. Os capitalistas industriais também curtiram de montão. Um pó refinado é super lucrativo, muito fácil de produzir em quantidades imensas, praticamente não estraga, pode ser transportado a longuíssimas distâncias. A indústria de junk food floresceu e sua grana financiou as pesquisas dos cientistas, que, animadíssimos, queriam mais.
Sabe por que esses pós refinados não estragam? Porque praticamente não têm nutrientes. As bactérias e insetos não se interessam pelo que não tem nutriente.
Os três tem efeito parecido na gente. Eles nos jogam no céu com uma descarga de energia e, minutos depois, nos deixam despencar. Aí a gente quer mais. Como eles foram separados das partes mais duras das plantas – as fibras – nosso corpo os absorve como um ralo, de uma vez só. Seu efeito eletrificante manda sinais para o organismo inteiro, o metabolismo se acelera.  Aí o efeito vai embora de repente. E o corpo é pego no contrapé.
Cocaína, farinha e açúcar eram O Bem no final do século 19. Eram conquistas da engenhosidade humana. Eram a prova viva de que a ciência ainda iria conquistar tudo, de que o homem é maior do que a natureza, de que o progresso é inevitável e lindo. Cocaína era “o elixir da vida”. Nas palavras publicadas numa revista do século 19, “um substituto para a comida, para que as pessoas possam eventualmente passar um mês sem comer.” Farinha e açúcar davam margem a fantasias de ficção científica, como a pílula que dispensaria o humano do ato animal e inferior de comer.
O equívoco da cocaína ficou demonstrado mais cedo, já nas primeiras décadas do século 20. De medicamento patenteado pela Bayer, virou “droga”, proibida, enquanto exterminava uma população de viciados. A proibição amplificou seus males, transformando-a de algo que afeta alguns em algo que machuca o planeta inteiro, movendo a indústria do tráfico, que abastece quase todo o crime organizado e o terrorismo do globo.
Levaria muito tempo até que os outros dois comparsas fossem desmascarados. Até os anos 1990, farinha e açúcar ainda eram “O Bem”, enquanto “O Mal” era a gordura, o colesterol. Os médicos recomendavam que se substituisse gorduras por carboidratos e o mundo ocidental se entupiu de farinha e açúcar. Começou ali uma epidemia de diabetes tipo 2, causada pelas pancadas repentinas que farinhas e açúcar dão no nosso organismo. Começou também uma epidemia de obesidade. Sem falar que revelou-se que açúcar e farinha estão envolvidos no complô para expulsar frutas, folhas e legumes dos nossos pratos, o que está exterminando gente com câncer e doenças cardíacas. Como câncer e coração são as maiores causas de morte do mundo urbanizado, chega-se à constatação dolorosa: farinha e açúcar são na verdade muito mais letais do que cocaína. É que cocaína viciou poucos, mas açúcar e farinha viciaram quase todo mundo.
Agora os três pós brancos são “O Mal”. A humanidade está mobilizada para exterminá-los. Há até uma nova dieta vendendo toneladas de livros pela qual corta-se todos os carboidratos da dieta e come-se apenas gordura.
Em 1870, caímos na ilusão de que era possível “refinar” plantas até extrair delas o bem absoluto, apenas para nos convencermos décadas depois de que tínhamos criado o mal absoluto. Mas será que o problema não é essa mania humana de separar as coisas entre “O Bem” e “O Mal” em vez de entender que o mundo é mais complexo que isso e que há bem e mal em cada coisa?
Trigo, cana e coca, se mastigados inteiros – integrais – são nutritivos e inofensivos e protegem contra doenças crônicas. Precisamos parar de tentar “refinar” a natureza e entender que ela é melhor integral.

06 junho 2011

-> Alergia e Intolerância Alimentar

Alergia Alimentar

O crescente aumento no número de alergias têm levado a uma procura cada vez maior de profissionais especializados para o tratamento. Doenças crônicas, que muitas vezes são encaradas de forma simplista, mas que no entanto requerem uma atenção especializada, propiciando ao paciente uma melhora considerável na sua qualidade de vida.
O que é Alergia Alimentar?
A Alergia Alimentar é uma reação adversa a determinado alimento. Envolve um mecanismo imunológico e tem apresentação clínica muito variável, com sintomas que podem surgir na pele, no sistema gastrintestinal e respiratório. As reações podem ser leves com simples coceira nos lábios até reações graves que podem comprometer vários órgãos. A alergia alimentar resulta de uma resposta exagerada do organismo a determinada substância presente nos alimentos.
O que é Reação Adversa a Alimentos?
É qualquer reação indesejável que ocorre após ingestão de alimentos ou aditivos alimentares. Estas podem ser classificadas em reações tóxicas e não-tóxicas. As reações não-tóxicas podem ser de Intolerância ou Hipersensibilidade.
Exemplo de reação não-alérgica são as reações por ingestão de alimentos contaminados por microorganismos. Estas se apresentam agudamente com febre, vômitos, diarréia e geralmente acometem várias pessoas que ingeriram os alimentos contaminados.
Qual a diferença entre alergia e intolerância alimentar?
Para se compreender melhor é preciso entender que quando se fala em alergia alimentar estamos nos referindo às proteínas do alimento, por exemplo, as proteínas do leite de vaca, que são: caseína e betalactoglobulina. Quando falamos de intolerância alimentar, estamos nos referindo aos açúcares dos alimentos. No caso do leite de vaca, o açúcar importante é a lactose e, portanto, chamamos de Intolerância à lactose e não, alergia à lactose.
Qual a prevalência da alergia alimentar?
Estima-se que as reações alimentares de causas alérgicas verdadeiras acometam 6-8% das crianças com menos de 3 anos de idade e 2-3% dos adultos.
Os indivíduos com outras doenças alérgicas apresentam maior incidência de alergia alimentar?
Pacientes com doenças alérgicas apresentam uma maior incidência de Alergia Alimentar sendo encontrada em 38% das crianças com Dermatite Atópica e em 5% das crianças com quadro de asma.
Quais os fatores envolvidos na alergia alimentar?
A predisposição genética, a potência antigênica de alguns alimentos e alterações a nível do intestino parecem ter importante papel. Existem mecanismos de defesa principalmente a nível do trato gastrintestinal que impedem a penetração do alérgeno alimentar e conseqüente sensibilização. Estudos indicam que de 50 a 70% dos pacientes com alergia alimentar possuem história familiar de alergia. Se o pai e a mãe apresentam alergia, a probabilidade de terem filhos alérgicos é de 75%.
Quais os alimentos mais frequentemente envolvidos na alergia alimentar?
Qualquer alimento pode desencadear reação alérgica. No entanto, leite de vaca, ovo, soja, trigo, peixe e crustáceos são os mais envolvidos. A sensibilização a estes alimentos (formação de anticorpos IgE) depende dos hábitos alimentares da população. O amendoim, os crustáceos, o leite de vaca e as nozes são os alimentos que com maior freqüência provocam reações graves (anafiláticas).
Os alimentos podem provocar reações cruzadas, ou seja, alimentos diferentes podem induzir respostas alérgicas semelhantes no mesmo individuo. O paciente alérgico ao camarão pode não tolerar outros crustáceos. Da mesma forma, pacientes alérgicos ao amendoim podem também apresentar reação ao ingerir a soja, ervilha ou outros feijões.
E quanto aos corantes e aditivos alimentares?
As reações adversas aos conservantes, corantes e aditivos alimentares são raras, mas não devem ser menosprezadas. O corante artificial tartrazina (FD&C amarelo#5), sulfitos e glutamato monossódico são relatados como causadores de reações. A tartrazina pode ser encontrada nos sucos artificiais, gelatinas e balas coloridas enquanto o glutamato monossódico pode estar presente nos alimentos salgados como temperos (caldos de carne ou galinha). Os sulfitos são usados como preservativos em alimentos (frutas desidratadas, vinhos, sucos industrializados) e medicamentos tem sido relacionados a crises de asma em indivíduos sensíveis.
Quais as principais manifestações clínicas da alergia alimentar?
São mais comuns as reações que envolvem a pele (urticária, inchaço, coceira, eczema), o aparelho gastrintestinal (diarréia, dor abdominal, vômitos) e o sistema respiratório, como tosse, rouquidão e chiado no peito. Manifestações mais intensas, acometendo vários órgãos simultaneamente (Reação Anafilática), também podem ocorrer.
Nas crianças pequenas, pode ocorrer perda de sangue nas fezes, o que vai ocasionar anemia e retardo no crescimento. Sintomas nasais isolados não são comuns.
O que é reação anafilática?
É uma reação súbita, grave que impõe socorro imediato por ser potencialmente fatal. A reação anafilática pode ser provocada por medicamentos, venenos de insetos e alimentos. Na alergia alimentar, o alimento induz a liberação maciça de substâncias químicas que vai determinar um quadro grave de resposta sistêmica associado à coceira generalizada, inchaços, tosse, rouquidão, diarréia, dor na barriga, vômitos, aperto no peito com queda da pressão arterial, arritmias cardíacas e colapso vascular (“choque anafilático”).
O exercício físico pode provocar reação anafilática?
Exercício físico pode provocar reação anafilática muito raramente. A associação de ingestão de alimento e exercício físico extenuante também tem sido observada.
O que é síndrome de alergia oral?
É uma manifestação de alergia alimentar que ocorre após contato de determinados alimentos com a mucosa oral. As manifestações ocorrem imediatamente após contato do alimento com a mucosa da boca, ocasionando coceira e inchaço nos lábios, palato e faringe. O edema de glote não é freqüente. Ocorre principalmente em pacientes com alergia aos pólens e os alimentos mais frequentemente envolvidos são: melão, melancia, banana, maçã, pêssego, cereja, batata, cenoura, ameixa, amêndoa, avelã e aipo.
Como o médico pode fazer o diagnóstico de alergia alimentar?
O diagnóstico depende de história clínica minuciosa associada a dados de exame físico que podem ser complementados por testes alérgicos.
Na história clínica, é fundamental que o paciente ou seus pais, no caso das crianças, auxilie fornecendo detalhes sobre os alimentos ingeridos rotineiramente ou eventuais. Em algumas situações é possível correlacionar o surgimento dos sintomas com a ingestão de determinado alimento. Em outras ocasiões o quadro não é tão evidente, necessitando de história mais detalhada. Isso ocorre principalmente quando as reações ocorrem horas após a ingestão do alérgeno.
A alergia alimentar ocorre mais frequentemente nas crianças pequenas onde o leite de vaca e o ovo são os alimentos mais comuns. Apesar de muitas vezes incriminado (pelos pais e avós) como causa de alergia alimentar, o chocolate raramente causa alergia. Nestes casos, se torna necessário pesquisar alergia às proteínas do leite de vaca ou da soja, usadas em sua fabricação. Nos adultos, o camarão é queixa freqüente em nosso meio.
Qual a importância da alergia alimentar na dermatite atópica?
Segundo alguns autores, a alergia alimentar está presente em 38% das crianças com dermatite atópica moderada/grave.
A dermatite atópica se apresenta com um quadro de coceira de intensidade moderada a grave, irritabilidade, escoriações provocadas pelo ato de coçar a pele, ressecamento generalizado da pele e eczema simétrico nas dobras dos cotovelos e joelhos, pescoço, face e superfície extensora dos braços e pernas. Os alimentos mais envolvidos são o leite de vaca, ovo, soja, trigo.
O que é o teste alérgico?
É um método diagnóstico seguro e geralmente indolor. Deve ser realizado pelo médico especialista que após história clínica e exame físico, determinará quais substâncias podem ter importância no quadro clínico e, portanto, deverão ser avaliadas. O desconforto pode ocorrer pelo prurido (coceira) localizado à área do teste, no caso da reação positiva.
Na maioria das vezes é realizado no antebraço após higiene local com algodão e álcool. O resultado é obtido em 15 a 20 minutos e a reação positiva consiste na formação de uma pápula vermelha, semelhante à uma picada de mosquito. Esta reação indica presença de IgE específica ao alimento testado. Algumas vezes torna-se necessário realizar o teste com o próprio alimento in natura .
Em algumas situações, o teste cutâneo deve ser substituído pela dosagem de IgE específica no sangue. São elas: necessidade de uso diário de anti-histamínicos (antialérgicos), não disponibilidade de material para teste, presença de eczema severo ou história sugestiva de reação intensa (reação anafilática) a determinado alimento. Muitas vezes o alergista realiza as duas formas de avaliação para ter maior segurança no diagnóstico.
Como tratar a alergia alimentar?
Até o momento, não existe um medicamento específico para prevenir a alergia alimentar. Uma vez diagnosticada, são utilizados medicamentos específicos para o tratamento dos sintomas (crise) sendo de extrema importância fornecer orientações ao paciente e familiares para que se evite novos contatos com o alimento desencadeante. As orientações devem ser fornecidas por escrito visando a substituição do alimento excluído e evitando-se deficiências nutricionais até quadros de desnutrição importante principalmente nas crianças. O paciente deve estar sempre atento verificando o rótulo dos alimentos industrializados buscando identificar nomes relacionados ao alimento que lhe desencadeou a alergia. Por exemplo, a presença de manteiga, soro, lactoalbumina ou caseinato apontam para a presença de leite de vaca. Todas as orientações devem ser fornecidas aos pacientes e familiares.
O que fazer caso venha ocorrer a ingestão acidental do alimento?
A exclusão de um determinado alimento não é tarefa fácil e a exposição acidental ocorre com certa freqüência. Os indivíduos com Alergia Alimentar grave (reação anafilática) devem portar braceletes ou cartões que os identifiquem, para que cuidados médicos sejam imediatamente tomadas. As reações leves desaparecem espontaneamente ou respondem aos anti-histamínicos (antialérgicos). Pacientes com história de reações graves devem ser orientados a portar medicamentos específicos (adrenalina), mas torna-se obrigatório uma avaliação em serviço de emergência para tratamento adequado e observação, pois em alguns casos pode ocorrer uma segunda reação, tardia, horas após.
O paciente que apresenta reação a determinado alimento poderá um dia voltar a ingeri-lo?
Aproximadamente 85% das crianças perdem a sensibilidade à maioria dos alimentos (ovos, leite de vaca, trigo e soja) que lhes provoca alergia alimentar entre os 3-5 anos de idade. O teste cutâneo permanece positivo apesar do aparecimento da tolerância ao alimento. A sensibilidade ao amendoim, nozes, peixe e camarão raramente desaparece.
Em alguns casos, principalmente nas crianças, a exclusão rigorosa do alimento parece promover a diminuição da alergia. O alimento deve permanecer suspenso por aproximadamente 6 meses. Após este período o médico especialista poderá recomendar uma reintrodução do alimento e observar os sintomas. Se o indivíduo permanecer assintomático e conseguir ingerir o alimento, o mesmo pode ser liberado. Caso ocorra qualquer sintoma, a dieta de eliminação deve ser mantida. A presença de reação alérgica grave, como a anafilaxia ao amendoim, contra-indica esta reintrodução. Nos pacientes altamente sensibilizados, a presença de quantidades mínimas do alimento pode desencadear reação de extrema gravidade.
Existe algum meio de prevenir a alergia alimentar?
Algumas orientações devem ser dadas aos recém-nascidos de pais ou irmãos atópicos. O estímulo ao aleitamento materno no primeiro ano de vida é fundamental assim como a introdução tardia dos alimentos sólidos potencialmente provocadores de alergia. Recomenda-se a introdução dos alimentos sólidos após o 6º mês, o leite de vaca após 1 ano de idade, ovos aos 2 anos e amendoim, nozes e peixe, somente após o 3º ano de vida.
Fonte: ASBAI 
Pediatra responsável Dra. Anna Thereza Molina Vana, CRM-SP 69.611



03 junho 2011

-> Diabetes e a alimentação crua e viva

Há falência enzimática na nossa dieta alimentar, diz pesquisador

21/9/2010 - Eco Agência
Nem todo médico busca unicamente nos remédios a solução para as doenças. O doutor e pesquisador Alberto Peribanez Gonzalez vê na natureza e no alimento vivo o tratamento e a cura para várias doenças, inclusive algumas crônicas, como diabetes, pressão alta e depressão. Lugar de médico é na cozinha foi o tema de sua fala no III Congresso Brasileiro de Vegetarianismo e é o título de um dos livros do doutor.
Por que um médico cirurgião e pesquisador de microscópio chegou à cozinha? Doutor Alberto Gonzalez explica que por muitos anos viu uma incidência muito grande de câncer entre pessoas de 30 e 35 anos e que isto o incomodava. Ele foi para Munique, Alemanha, fazer seu doutorado pesquisando a microcirculação. De volta ao Rio de Janeiro, ele estudou a fisiologia neurocardiovascular,  pesquisando a relação entre os alimentos e o corpo. E ele constatou a máxima “teu alimento é teu medicamento”, uma frase de Hipócrates, médico grego que viveu no século IV a.C. responsável pela sistematização da medicina.
O médico Alberto Gonzalez verificou que o alimento vivo é funcional, sendo o alimento mais energizado na natureza, por ser rico em antioxidantes, fibras vegetais, vitaminas e minerais, superando a eficácia de alguns remédios. Com ele, a pressão se estabiliza e as taxas de colesterol caem. Alimento vivo são frutas, grãos, sementes, vegetais e hortaliças que são comidos crus ou brotados. Com eles é possível fazer o suco verde, o qual, segundo o médico, tem propriedade neovascular, ou seja, ativa e recria os vasos sanguíneos, permitindo que os glóbulos vermelhos entreguem o oxigênio para as nossas células. Doutor Alberto fez a ressalva de que quem tem problemas de saúde sérios como doenças cardíacas, deve manter a medicação, aliando-a ao alimento vivo.
Biscoitos doces, salgadinhos, carnes e sucos artificiais
Trabalhando com as populações carentes, Alberto ficou surpreso com o que eles costumam ingerir: biscoitos doces, salgadinhos, carnes e sucos artificiais. Ele se perguntou “como alguém que come só bolacha e açúcar está vivo?”, pois esses alimentos são muito pouco nutritivos.
O doutor passou a estudar as enzimas, que são responsáveis por todas atividades, tais como respirar, pensar, contração muscular, cardíaca, replicação de DNA. É a replicação incorreta do DNA que origina o câncer. Para o médico, “nossa dieta alimentar está em completa falência enzimática”, o que prejudica nosso sistema imune.
“O padrão dietético comum é rico em amido e proteína animal, que são os maiores ativadores de insulina, por isso a diabetes se tornou uma epidemia”. Outras doenças que podem ser tratadas ou curadas com uma alimentação balanceada e rica em alimentos vivos são a depressão, a pressão alta, rachaduras cutâneas e cólicas. "Com uma dieta com pouca proteína e pouca caloria, estimula-se o corpo, melhorando a circulação, o que ajuda o sistema imune e neuroendócrino", explicou doutor Alberto que adverte sobe a nossa “total falta de necessidade de comer carne”.
“Adoecemos com o que fazemos no nosso cotidiano, mas nos curamos com o que podemos fazer no nosso cotidiano também”, lembrou o médico. Assim, ele diz estar fazendo um trabalho de conscientização para que as pessoas voltem para o círculo de energia e matéria, inclusive as crianças – “A paz é a principal razão do nosso trabalho”.